Céu de Cão

Aos Inesquecíveis do Parque, com Amor

“Achas que os cães não vão para o Céu? Pois digo-te que vão, e que chegam lá muito antes de qualquer um de nós!” – Robert Louis Stevenson“

Muitos acreditam num Céu, para onde vão aqueles que, na Terra, foram bons, justos, e leais, e amaram os seus semelhantes, e perdoaram as ofensas recebidas. Muitos outros não acreditam que exista esse lugar, mas, tal como os anteriores, têm a capacidade de reconhecer e distinguir, entre aqueles com quem se cruzam ao longo do caminho entre o nascimento e a morte – o caminho da vida – os bons e os maus, os justos e os injustos, os leais e os desleais, os que amam os seus semelhantes e aqueles que os desprezam e prejudicam, aqueles que escolhem o perdão, e aqueles que jamais o fazem e escolhem a vingança – e têm a capacidade (embora não tenham, muitas vezes, a vontade) de se reverem neles, podendo então optar pelo reflexo positivo ou negativo que esse “espelho” lhes devolve. Por outro lado, e independentemente das nossas crenças, todos nós temos a capacidade de lembrar – e, para além do “reflexo” de nós próprios que nem sempre queremos ver ao lembrar-nos dos outros, lembramos, sempre, claramente, aqueles que sempre nos acompanharam e apoiaram e aqueles que nos abandonaram, aqueles que nos protegeram e aqueles que nos prejudicaram, e aqueles que nos pagaram as nossas ofensas com o seu perdão, como aqueles que nos pagaram com o seu rancor e a sua vingança. Independentemente das nossas crenças, também, todos nós, de uma forma ou outra, e mais tarde ou mais cedo, nos cruzamos, no caminho da vida, com animais – e aqueles que, como nós, os amam e se sentem privilegiados pela partilha desse caminho com eles, não podem deixar de reconhecer neles muitas daquelas qualidades que… se ele existisse, nos fariam, de facto, merecedores do Céu… ou, se ele não existe, nos farão, pelo menos, ser lembrados, aqui na Terra, como seres bons! Como todos os cães com os quais temos tido o privilégio de nos cruzar ao longo do caminho, os cães a quem prestamos tributo nesta página, e que já não estão fisicamente connosco, continuam a acompanhar-nos. Porque é isso que os cães fazem, e é assim que eles são: eles acompanham-nos sempre, e protegem-nos, e amam-nos incondicionalmente, porque nos perdoam as nossas ofensas, pagando-as com a sua dedicação, o seu afecto, e a sua lealdade, mesmo quando não os merecemos. Ou seja, mesmo quando não queremos aprender, os cães ensinam-nos a ser bons! E por isso lhes somos eternamente gratos… e por isso queremos que sejam para sempre lembrados! – P.T.N.

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